terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Pat Metheny Orchestrion

Ainda não consegui sacar se o Pat pirou de vez, ou se ele está trazendo algo jamais visto e que irá positivamente surpreender a todos. O fato é que, avaliando o teaser do Orchestrion, certa tristeza ou melancolia abateu-se sobre mim ao imaginar que ele, a partir de agora, dividirá o palco com máquinas e robôs, os quais executam o que lhes é préviamente "determinado". 
Onde está a graça disto? 
Só quem for porderá nos dizer. 
Como tenho alguns amigos que já estão com seus ingressos comprados - incluindo eu mesmo (graças ao meu irmão Gabriel Santiago)- com ansiedade, aguardaremos pela resposta que certamente virá.
Agora, coitado do roadie que irá montar e desmontar essa traquitana mundo afora... Nem posso pensar...
















O que será que o impulsionou a levar adiante tamanha "maluquice"?
Quais foram realmente as questões que lhe passaram à cabeça?
Pensando friamente, me pergunto: É mais legal tocar com um robô do que com Lyle Mays?
Será uma questão meramente financeira? 

Contudo, assistindo ao vídeo, percebesse que, apesar da eminete piração, Pat sempre será Pat e ponto final.


Veja o que Pat Metheny diz sobre o assunto: clique aqui

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Relações duradouras...




Por que será que, a cada dia que passa, fica cada vez mais difícil acreditar na longevidade das relações?
Nos dias de hj trocamos "as coisas" com extrema rapidez e facilidade. Um telefone celular, por exemplo: qdo compramos um novo, a gente cuida como se fosse a coisa mais importante do mundo. Demoramos dias pra tirar aquele plastiquinho que protege o display, de hora em hora nos pegamos freneticamente esfregando o aparelho contra o peito para deixá-lo com o mesmo aspecto de quando o vimos pela primeira vez na vitrine da loja e passamos a olha-lo, a cada minuto, como se estivéssemos contemplando uma obra de arte... 
Passadas algumas semanas, já não damos a menor atenção pro "cara". "Nessas alturas" o plastiquinho já foi, os riscos que antes nos deixavam de coração partido já não fazem a menor diferença e passamos a atira-lo nas bolsas ou mochilas, até com certo desdém. 
Será que não é assim que a maioria das pessoas trata das suas relações?
Será que estamos passando a exergar o outro como "coisas"?

Os tempos modernos estão deixando de lado os valores que nós um pouco mais velhos tinhamos como premissa fundamental? 

Os seus avós tiveram qtas relações durante a vida?
Vc já parou pra contar qtas vc teve?
Obs: Leiam abaixo, por favor, o comentário do meu querido amigo Edinho Godoy. Ele sugere uma reflexão interessantemente importante acerca deste assunto.


Quantos casais de amigos vc tem, cuja relação seja tão perfeita a ponto de vc apostar tudo o que tem, na sua mais absoluta convicção, de que eles estarão juntos "até que a morte os separe"? Difícil, não é? São poucos, muito poucos... 
Tenho recebido com triste recorrência, assutadoras notícias de casais incríveis se separando, muitos deles precocemente. Aí dizemos: "Como assim? Eles eram perfeitos juntos? O que pode ter acontecido? camo farão pra viver um sem o outro".

O que pode ter acontecedido é o que está acontecendo com a nossa sociedade. Não estamos preparados emocionalmente para tantas evoluções ou revoluções. Na verdade, estamos todos perdidos e cegos num mundo cada vez mais desconhecido e perigoso.


E como certa vez disse o escritor português José Saramago, com toda a inteligência que lhe é peculiar: "O homem é um bicho de uma asa só, precisa do outro pra voar. Se bater asa sozinho, vai ficar girando em círculo e não sairá do lugar".